Tendências do Mercado Imobiliário em 2025.
O cenário econômico para 2025 pode trazer dificuldades, mas também grandes oportunidades para o mercado imobiliário, a depender do segmento, dos objetivos e da posição do investidor.
Uma pesquisa da consultoria Deloitte, por exemplo, apontou otimismo do setor imobiliário como um todo, puxado pelo Minha Casa, Minha Vida.
Para o segmento de médio e alto padrão, a perspectiva é neutra. Abaixo, listamos como fatores macroeconômicos podem impactar a decisão de investir no mercado imobiliário.
Financiamento deve ficar mais difícil em 2025, mas pode ser oportunidade
Uma tendência para o mercado imobiliário em 2025 é a dificuldade em relação ao financiamento.
Por um lado, 2025 se inicia com uma perspectiva de alta dos juros, que já estão elevados.
O primeiro Boletim Focus de 2024, por exemplo, prevê a taxa Selic, hoje em 12,25% ao ano, em 15% ao fim de dezembro.
Como a Selic baliza todo o mercado de crédito nacional, sua subida deve pressionar também as taxas de financiamento imobiliário.
Por outro lado, a diminuição dos dinheiro guardado na poupança também está restringindo o dinheiro que pode ser ofertado no crédito imobiliário.
A própria Caixa, por exemplo, aumentou as exigências para financiar imóveis, aumentando o percentual de entrada exigido.
Toda essa dificuldade de crédito acaba desestimulando o mercado imobiliário, especialmente o de usados, que não tem tantos subsídios do governo.
Por um lado, isso dificulta a venda, especialmente para a classe média, que depende mais do financiamento bancário tradicional.
Contudo, favorece o investidor que possui dinheiro em caixa e pode comprar imóveis por preços mais baratos do que o habitual.
Imóveis são alternativa para preservar o capital em 2025
Apesar das dificuldades de financiamento, o cenário econômico pode posicionar os imóveis como meio de preservação do patrimônio para investidores.
Com as dificuldades do governo em fazer o tão aclamado ajuste fiscal, o dólar e a inflação podem viver um 2025 de alta.
Nesse cenário, muitos investidores podem optar por colocar seu patrimônio em ativos reais, que não se desvalorizam com as flutuações financeiras. No Brasil, os imóveis são um exemplo clássico dessa categoria.
Assim, pode ser uma boa escolha para perfis mais conservadores aumentar a fatia imobilizada do patrimônio, sem comprometer a liquidez.